por Fernanda Thomaz
Vou contar um pouco sobre a minha experiência na fase de transição: igreja, cursinho e faculdade, e como isso mudou o meu relacionamento com Deus. Minha vida mudou completamente quando entrei no cursinho pré-vestibular (Cursinho da Poli). Pode parecer exagero, mas eu costumava dizer que minha vida podia ser dividida em: antes e depois do cursinho.
Fui criada na igreja, e não tinha dúvidas com relação a existência e a soberania de Deus, no entanto ao me deparar com uma estrutura social muito diferente daquela em que eu estava acostumada, entrei em choque, foi como tivessem tirado o meu chão! O contato com alunos e professores ateus e até mesmo meio revolucionários, como certo professor de história que conheci lá (quem fez poli vai lembrar do Marcus, que ironicamente era apelidado de Jesus), ao mesmo tempo em que me deixava extasiada pela ousadia com que falavam de coisas tão sagradas para mim, me deixava também depressiva e sem perspectiva de vida, já que o meu Deus parecia não existir.
Foi por meio do cursinho pré-vestibular que eu tive um primeiro contato intenso com o mundo secular, fora dos preceitos bíblicos. Nesse novo mundo não havia pecado! Era encantador e eu estava deslumbrada. Uma vez um colega ateu disse: “Que isso menina, pecado é uma coisa que colocaram na sua cabeça”. O choque entre a religião e o conhecimento foi tão grande que, por determinado tempo, deixei de acreditar na igreja como uma instituição confiável, depois no pastor e por fim em Deus. Eu cheguei a ser atéia. Continuar Lendo »