por Deborah Franco
Vestido romântico de rendas francesas com pérolas e cristais, smoking ou o melhor terno da nova coleção Armani, sem contar as horas gastas com caríssimos tratamentos de beleza, as lista de casamento nas maiores lojas com marcas refinadas de artigos de luxo e o salão de festas com capacidade para mil pessoas… Será que a mídia acha que um casamento é mesmo só isso?
Diferente do que é consumido como “o casamento ideal” na atual sociedade, a união entre duas pessoas na religião judaica significa muito mais do que uma troca de alianças ou uma festa badalada e repleta de convidados. Como explica o Rabino Jonathan Sacks, rabino chefe da Inglaterra, “o casamento judaico vai além de uma formalidade e um pedaço de papel. Os profetas interpretavam-no como a metáfora mais forte para o relacionamento entre D’us e nós, já que envolve comprometimento, um voto mútuo de franqueza, confiança e a promessa que de um não abandonará o outro em tempos difíceis. É deste pacto de lealdade e amor que novas vidas vêm ao mundo”.
A cerimônia do casamento judaico possui um significado muito profundo, já que os noivos se comprometem a começar uma nova vida juntos e recebem sobre si as obrigações e deveres da lei judaica, tornando-se maiores, mais generoso e carinhoso do que jamais poderiam ser sozinhos. Os dois transformam-se em apenas um, unha e carne: o marido se dedica inteiramente para a sua esposa e vice-versa.
Todo e qualquer casamento judaico acontece embaixo da hupá (um toldo, como uma tenda), símbolo do lar que dever ser construído e dividido pelo casal. A hupá é aberta de todos os lados e não há paredes, justamente para remeter a tenda de Abrão e Sara, que possuía várias portas para que pudessem receber todos os amigos e viajantes com hospitalidade. Em algumas cerimônias, a hupá é montada ao ar livre e sob o céu estrelado. Romântico?! Com certeza, mas não é esse o principal motivo… O objetivo deste costume é relembrar o que Deus disse a Abrão sobre seu povo ser multiplicado como as estrelas do céu. O famoso costume das sete voltas que a noiva dá ao redor do noivo também possui um significado próprio: já que o mundo foi criado em sete dias, com este gesto a noiva constrói simbolicamente, em torno do noivo, as paredes da nova casa do casal. O número sete também simboliza a totalidade e integridade que os noivos não poderiam atingir separadamente, como diz o ditado: dois é sempre melhor do que apenas um.
O noivo é o responsável pela aquisição da aliança. Ele deve comprá-las com o seu próprio dinheiro, sem pedir emprestado a ninguém, e elas deve ter o valor equivalente a pelo menos uma prutá, uma determinada medida. Além disso, a aliança no casamento judaico é de ouro puro, sem desenhos, pedras ou ornamentos, já que simboliza uma união simples, pura e verdadeira entre marido e mulher.
Casamento em hebraico é também chamado de kidushin (sagrado), ou seja, a santificação e consagração do homem e da mulher, um para o outro. Com a assinatura e leitura da ktuvá (contrato matrimonial), o noivo aceita sobre si algumas responsabilidades. Assume as obrigações de respeitar sua esposa e tratá-la como a rainha de seu lar (deve respeitá-la mais até do respeita a si mesmo!), além de prover alimentos, abrigo e roupas para ela e ser atencioso em relação as suas necessidades emocionais. A proteção dos direitos de uma noiva judia é tão importante que o casamento só pode ser formalizado após a leitura completa do ktuvá (ela se constitui numa das primeiras declarações dos direitos femininos de que se tem notícia!).
Segundo o o Rabino Jonathan Sacks, casar-se é começar uma jornada rumo a um país desconhecido chamado futuro. “O casamento é o amor santificado pela mútua confiança do momento presente para sempre!”.
Olá !!! Gostei muito da sua criatividade! faço biscuit,mas ainda não ingressei com noivos estou com vontade!! Deus continue te capacitando!!